Meu sonho é ler você sem meios-termos,
Captar seus
pensamentos cabeludos,
Colher com dedos longos
e desnudos
O arrepio escondido
em versos ermos.
Se deixar, falo!
Roubo-lhe as ideias,
Marco páginas, grifo
as entrelinhas
Que nos levam a mares, odisseias,
A ninfas tanto putas quanto minhas.
Quero também beber
daquelas prosas,
Feitiços de
palavras e sentidos,
Metáforas
devassas, sinuosas.
E na literatura
dos seus “ais”,
Misturar rimas
pobres com gemidos
Seduzindo canções
nos vendavais.
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