Até me esforço,
mas ainda não consigo
ler silêncios.
Nunca entendo
quando riem,
quando choram.
Confundo se me desprezam
ou se me querem.
Se lutam contra o nada
ou se esfolam a garganta no vazio,
quem cai no vácuo sou eu.
Alguns deles
talvez nem passem
de silêncios bobos
e devam ser ignorados.
Sei lá, um dia aprendo
e escrevo um silêncio bem bonito,
enfeitado com o seu nome,
só para ver se você escuta.