segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Tudo de velho


A última vez que escrevi algo manifestando otimismo em um ano maravilhoso foi às vésperas de 2020, mas apenas porque adoro o número 20. Veio, então, a nefasta pandemia de Covid-19. De lá para cá, não tenho me arriscado em presságios, coisa que entrego aos discípulos de Mãe Dináh e de Walter Mercado.

Estamos em 2024 faz horas, a Mega-Sena da Virada – 21, 24, 33, 41, 48 e 56 – se foi para o bolso de outro apostador e, não tendo acertado número sequer, já não alimento a esperança de enricar. Parodiando o jornalista Carlos Santos, tornar-me um “liso estável” é tudo o que desejo por enquanto e talvez até o fim da vida.

Nem o horóscopo parece contribuir. A previsão para o signo de escorpião, segundo me disse Túlio Ratto, quase no Ano-Novo, é de um período agitado no campo do amor. Agitado! Agitado? Agitado... Agitado: confusão. Nossa Senhora das Bicicletas, protegei-me dos mares revoltos do desamor. Mantenha-me em paz.

Aliás, deve-se desejar feliz Ano-Novo, Ano Novo ou ano novo? As dúvidas, como se vê, perseguem esta mente inculta e inquieta ao longo do tempo. Aprendi, não sei quando nem onde, em algum esforço de cultura inútil, que Ano-Novo é o réveillon, Ano Novo é o dia 1º e ano novo – puta merda – é o período de 12 meses.

Estando errado, que se dane! Se nem os gramáticos de redes sociais se entendem, quem seria eu para entrar nessa suruba linguística. Vou é tomar um café amargo, daqueles bem fortes que dona Raimunda fazia para Padre Sátiro, no Diocesano, porque o uísque de 2023 ainda pode quebrar qualquer bafômetro.