Instigado pelo noticiário da “Folha de S.Paulo”,
assisti à edição do programa britânico “This Morning”, veiculado na ITV1, no
qual a inglesa Hazel Jones, loirinha de 27 anos, linda de morrer e de matar, apresenta-se
como a iluminada possuidora de duas vaginas.
A galega enumera diversas vantagens, a
começar pelas virgindades que perdeu em ocasiões distintas: “I
lost my virginity twice”.
Diz ainda que seu namorado é o único sujeito do Universo a penetrar genitálias diferentes
sem o peso das traições na consciência.
Aposentado da
vadiagem por tempo de serviço e contribuição, guardando, porém, pendor
científico por questões do ramo, sinto-me à vontade para anotar impressões,
indicar benefícios e riscos no relacionamento com uma moça dotada de tal atributo
estético.
Homem para Hazel
Jones deve ser bilíngue, a exemplo
de Charles Phelan, amante de Melissa Hoffman, ela que, tendo somente uma,
parece carregar dez pererecas. Vaginas, embora no mesmo organismo, falam idiomas
diversos. E comunicação é fundamental.
Precisa ser muito
divertido, carregar na mente brincadeiras da infância, tipo aquela do “Uni-duni-tê,
sa-la-mê-min-guê, o sor-ve-te é co-lo-rê, a es-co-lhi-da foi... vo-cê!”. Ou “Passarás,
passarás/ Mas algum há de ficar/ se não for o da frente/ tem que ser o de trás”.
]O cara tem de estar
sempre disposto, naturalmente ou à base de Biotônico Fontoura com ovo de pata,
leite condensado e chocolate em pó, não apenas a fim de satisfazer o conjunto
da obra, mas também para enfrentar duas TPMs e as respectivas menstruações.
E aí, vai
encarar? Eu não me atrevo, pois mal domino o português sertanejo e em inglês só
consigo dizer “Whisky”. Além disso, nunca me saí bem nos quesitos de múltipla escolha,
estou fraco que nem caldo de batata e minha mulher é valente igual a siri numa
lata.