O cheiro morno e pálido de urina,
O fumo
enlouquecendo a vizinhança,
Uma vala escavada
na lembrança,
Tantos sonhos
jogados na latrina.
Talagada de chumbo
na garganta,
A cachaça descendo
pela espinha,
O traste de
calcinha amarelinha,
O satanás
passando-se por santa.
A noite ministrada
pela veia,
Madrugada em azul
bossa-novista,
O sol assassinando
a lua-cheia.
A cidade está
clara, está vazia,
Apagaram-se as
cores de um artista,
Mundo não é mais
mundo. Já é dia!
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