Na face da manhã, tudo é
de tarde:
Sete horas com jeitão de
meio-dia.
Nem a réstia de sol que
aos olhos arde,
Afugenta a preguiça e a
apatia.
A tarde tem no rosto o
breu da noite:
Doze horas com semblante bem
de vinte.
Não acho que uma cama que
me acoite,
Seja em qualquer lugar algum acinte.
Lua, enfim, e parece
madrugada:
Hora do Ângelus! Céus! Ave-maria!
Cheia de graça é minha
rede armada.
O domingo é sagrado? Que
besteira!
Dia santo no rastro não
traria
Este cão que se diz Segunda-Feira.
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