(Álvaro de
Campos – 1934)
Há sem dúvida
quem ame o infinito.
Certa
feita sonhei que estava escrito
No
raio da estrelinha mais distante,
Branquinha
que nem ágata, brilhante,
O
segredo das curvas do infinito.
Tentei
me aproximar por dez segundos
E li,
mesmo de longe e de repente,
Engolidos
num rastro de serpente,
Dois
símbolos na língua de outros mundos.
Um,
representa “amor”; o outro, “vida”,
Tatuados
no ciclo sem saída,
Que,
se termina, não se sabe quando.
Reza
a lenda, que a estrela mensageira
Revela
seu mistério a noite inteira,
Mas
a gente só vê se está sonhando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário