sábado, 8 de fevereiro de 2014

GALO DO ALTO


Nada de velho esta noite.
Tudo novo,
assustador.
Sem felinas,
sem azuis e acácias,
sem o povo.
Mulheres sérias
no 305 do edifício x.
O álcool da cerveja
evaporou,
levando consigo
o lirismo dos bêbados
para o sexto dos infernos.
Pelo menos o galo é do alto
e a cantora, linda,
embora com notas
mais graves que as minhas.
 A conta, por favor!


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