No tempo de eu menino, a cidade cabia nos meus olhos. Um dia, entretanto, ela dobrou a esquina do Rabo da Gata com trejeito de quem pretende comprar cigarro e desembestou no meio do nada. Ninguém sabe aonde foi ou se continua indo. Mesmo à noite, aqui do 19º andar, a visão se desencontra das luzes que desfilam no espinhaço do infinito. Parece que a cidade se perdeu de mim para ganhar o mundo.
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