Enganava-se com dois ou três apagões de breve eternidade. Cada sensação de queda parecia-lhe uma noite inteira profundamente bem dormida. A insônia, fingindo-se de amiga, consolava-o madrugada adentro: “Deita no meu colo, bom rapaz, que te protegerei dos pesadelos”. E o bom rapaz, ingênuo, cedia devotando olheiras sinceras à terrível companheira.
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