No sertão, quando os céus não choram chuvas
E o vento espalha o pó dos
boqueirões,
Chovem balas e brotam Lampiões
Dos túmulos dos olhos das viúvas.
Há sujeito que é gente e é
serpente,
Matador diabólico, infernal,
Que despacha culpado ou inocente
No veneno do brilho do punhal.
Jararaca rebenta as terras mortas
Por veredas um tanto quanto
tortas
No seu rastro de sangue, ferro e
fogo.
Se ele morre, renasce em outro
canto
Ou então vai ao céu e muda o jogo
Volta aqui, faz milagre e vira
santo.
Um comentário:
Parabéns. Gostei.
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