Que se dane o poeta inofensivo!
Que se lasque o poeta literal!
Prefiro a poesia visceral
Do louco depravado e corrosivo.
Frequentador das trevas do prazer,
Bebedor de defuntos insepultos,
Arrastando as correntes dos insultos
Em poemas de escárnio e maldizer.
O vate que se entrega ao velho rito
De espalhar as palavras no infinito
E encontrar em si mesmo o fim do mundo.
Eu quero a musa armada de facão
E o lirismo na boca do canhão
Defendendo o meu verso vagabundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário