Para
que olhos tão azuis, menina?
Nem
mesmo o céu, na sua majestade,
Numa
orgia de luz, de claridade
Derrama-se
em cor mais cristalina.
Diante
deles, dá calor, tontura,
A
boca seca, a alma se arrepia,
O
juízo incendeia, a mão esfria
E
o peito desembesta na loucura.
Por
Deus, se recaíssem sobre mim,
Fosse
em noite de Sol, dia de Lua,
Esse
índigo, esse blue, o mar sem fim!
Mergulharia já, sem hesitar,
No tom sutil que agita e apazigua,
Destinado a viver ou me afogar.
Um comentário:
Lindo soneto!
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