Lyon,
meu lugar predileto de Oropa, França e Bahia. Quando bate a tristeza, naquelas
noites sem perspectivas, fecho os olhos e me sinto por lá, bebendo um scotch em francês.
“Bom dia, tristeza. Que tarde, tristeza. Você
veio hoje me ver”.
O
coração é pequeno, mas o malte é puro e me leva a escorregar em lugares comuns,
besteiras universais tipo dor de cotovelo, indecências, o ves...ti...do... da
mulher que passa.
“Meu
Deus, eu quero a mulher que passa!”.
Saudade
das pequenas mortes. Se as palavras não me faltarem, talvez a tentação caia em
mim e me arrebate na ilusão de um orgasmo. Se bem que aos 40, ninguém morre
dessas coisas, no máximo desmaia.
“Tem
o palor que irradia a estrela quando desmaia”.
Tinha
13 anos quando a primeira musa cravou-me ao Sol um gozo no centro da memória.
De lá para cá, tirando as carícias do meu amor ausente, as lembranças são
fortuitas. Tantas, também, fazer o quê?
“Uma
mulher ao sol - eis todo o meu desejo”.
Cansado
de acordar manhãs para escrever a história dos outros. Um dia, e me perdoem a
sinceridade, direi apenas de mim. Pro inferno a universalidade que não me habitar.
“Para
isso fomos feitos: para lembrar e ser lembrados”.
O
Anjo Torto apareceu. Há eras não conversávamos. Falou de tristezas maiores que
as habitantes desta página. Trouxe notícias do mundo de lá, da literatura, da
poesia. Vai escrever sobre Vinícius de Moraes. Que inveja!
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