sábado, 13 de fevereiro de 2010
Fogo amigo pela culatra
O clima é péssimo entre os grupos da senadora Rosalba Ciarlini Rosado e da prefeita Maria de Fátima Rosado Nogueira, especialmente após os acontecimentos da última semana. Todos sabem, os chefes azuis dos amarelinhos detonaram a rosa vermelha, acusando-a de patrocinar insultos à correligionária dengocrática, com recursos do Senado Federal.
No meio da polêmica, o jornalista Carlos Santos, dono da Herzog Comunicação e Assessoria LTDA, bem assim autor da Coluna do Herzog, hospedada no endereço www.blogdocarlossantos.com.br. Ele, segundo assessores palacianos, recebe dois mil contos mensais da senadora para ofender a burgomestra e, de lambuja, familiares dela e secretários municipais.
A estratégia, cá pra nós, é um desastre do ponto de vista político, podendo representar a morte súbita dos smurfs, já a partir do resultado das eleições deste ano. O líder de traquejo, de bom-senso, entrosado no ramo, vai direto ao ponto, sem intermediários, sem ofensivas públicas, consciente de que, havendo excesso de pólvora, o fogo amigo sai pela culatra.
A esquadrilha azul, ordenada por expoentes fafazistas, tem outro raciocínio e segue ministrando remédio amargo garganta abaixo daquela que os colocou e os reconduziu ao poder. Embora o marido da prefeita seja médico e ela enfermeira, ambos renomados, ninguém se ateve a consultar a bula do medicamento para se informar acerca de efeitos colaterais.
O primeiro deles é a tripla resposta de Rosalba: 1 – sabe quem está por trás das dúvidas lançadas sobre o uso da verba indenizatória de seu gabinete no Senado Federal, 2 – não dá a mínima para os ataques e 3 – perde o apoio da criatura, mesmo sofrendo a tristeza inerente ao criador traído, e não suspende de jeito maneira o contrato com Carlos Santos.
O segundo é o desgaste da nossa imagem. A veiculação de desaforos, com o incremento – ou seria excremento? – de frases injuriantes e palavrões intranscritíveis, numa explosão de ódio por encomenda, ofende a inteligência do leitor e depõe contra toda a seara midiática. Agressões travestidas de jornalismo não condizem com a história libertária de Mossoró.
Não sou corporativista nem palmatória de seu ninguém, até porque o errado talvez seja eu. Defendo a postura crítica da sociedade frente aos jornalistas e destes em relação à própria categoria, mas com maturidade para manter os pés nas estribeiras e coragem para assumir vínculos de amizade e parentesco, simpatias pessoais e conjunturas econômicas.
Antes de me despedir dos que sobreviveram aos parágrafos anteriores, chamo atenção para o elemento de maior gravidade na peleja entre a “perfeita” e a dona do céu. Refiro-me, entristecido, à perseguição despudorada dos governantes citadinos a veículos de comunicação e trabalhadores do ramo que não rezam pela cartilha de Papai e Mamãe Smurf.
Somem-se aos ataques a Carlos Santos, objetivando atingir a Rosa de Ravengar, episódios de arapongagem e falsificação de provas. Lembremo-nos das ofensas ao repórter Bruno Barreto, a tentativa de fechamento de nosso único canal de TV aberta, no estilo Hugo Chávez, e a pressão para afastar os anunciantes da revista “Papangu”, de Túlio Ratto.
Desde junho de 2007, a prefeitura não anuncia no “O Mossoroense”, jornal mais antigo e mais lido da região, nem na “FM-93”, líder de audiência há duas décadas. Além disso, recusa-se a honrar dívida contraída anteriormente ao boicote, na vã esperança de inviabilizar as empresas integrantes da Rede Resistência, que sobrevivem sem favores oficiais.
Bom, preciso sair para tomar cana com tira-gosto de romã na mansão intergalática de Laércio Eugênio, ouvindo vinis de Chico Buarque, Pink Floyd e Bartô Galeno, mistura típica do Carnaval dos doidos por sossego. E se Affonso Romano acertou ao dizer que Momo dilui a rebeldia, o pastoril ensaiará quarta-feira, espalhando as cinzas do arranca-rabo.
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2 comentários:
Boa Tarde! Amigo Cid concordo com o seu comentario e digo mais so tenho a lamentar por essas pessoas de espirito tão pequeno, mais vamos em frente pois Mossoro e todo o conglomerado de comunicação da FM Resistencia e maior que tudo isso, eles não conseguirão calar o sistema de comunicação mais antigo do nosso estado um grande abraço amigo Cid.
Não é à toa, João, que a rede se chama Resistência. Obrigado e tudo de bom para você.
Cid
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