Cid Augusto - 20.10.2016 - Dia do Poeta
Tudo o quanto sacode à flor da vista
São marcas do jardim revisitado
Pelos olhos furtivos de um artista
Que se vê nas ruínas do passado.
Dos escombros, silêncios vão e gritam
Sem dó nem piedade da garganta,
Que embora se arrebente não se espanta
Com versos estridentes que a fustigam.
As palavras sussurram loucamente:
Elas riem e choram num instante,
Depois choram e riem de repente.
São vozes da loucura, a fantasia
Do jardineiro velho, delirante,
Que planta pedra e colhe poesia.
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