sábado, 8 de setembro de 2012

Política



Não me envolvo em política partidária. Este ano, por exemplo, compareci apenas a três eventos e estive outras duas vezes num comitê de campanha para tratar de assuntos diversos.

A distância não significa alheamento: tenho parentes envolvidos nas batalhas eleitorais e tento ajudá-los do meu jeito, com ideias, pitaco aqui, pitaco acolá, a torcida, a energia positiva, o sufrágio.

Perdoe-me a imodéstia de acrescentar o item experiência entre as colaborações. Sim, a experiência de quem convive faz quatro décadas com as conquistas e os dissabores dessa seara.

Também sofro. A expectativa do resultado, mesmo diante da certeza da vitória, só se encerra com a apuração do último disquete. Quando não dá certo, é ruim, mas o pior, independentemente do desfecho, é ver pessoas que você ama sendo escoiceadas gratuita e injustamente por indivíduos que lhes devem ao menos respeito.

Não peço voto. Tenho colegas com os quais trabalho há 25 anos no jornal O Mossoroense e nunca tive a curiosidade de lhes perguntar se possuem título de eleitor. Cores jamais figuraram entre os requisitos para contratação dos membros da equipe a qual tenho o privilégio de coordenar.

Aprendi desde menino a conviver com opiniões divergentes, graças à escola de democracia que é a casa de meus pais, pouco me importando as preferências dos amigos ou se eles próprios são candidatos contrários aos de minha preferência.

Em troca, só espero consideração, e me sinto desobrigado com aqueles que ultrapassam os limites da civilidade e passam a distribuir patadas numa demonstração irracional de ódio gratuito.

É como sempre digo: “Crítica é arte. Coice, qualquer jumento dá” e não rima com liberdade de expressão nem combina com cidadania.


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