Não me envolvo em política
partidária. Este ano, por exemplo, compareci apenas a três eventos e estive
outras duas vezes num comitê de campanha para tratar de assuntos diversos.
A distância não significa
alheamento: tenho parentes envolvidos nas batalhas eleitorais e tento ajudá-los
do meu jeito, com ideias, pitaco aqui, pitaco acolá, a torcida, a energia
positiva, o sufrágio.
Perdoe-me a imodéstia de
acrescentar o item experiência entre as colaborações. Sim, a experiência de
quem convive faz quatro décadas com as conquistas e os dissabores dessa seara.
Também sofro. A expectativa do
resultado, mesmo diante da certeza da vitória, só se encerra com a apuração do
último disquete. Quando não dá certo, é ruim, mas o pior, independentemente do
desfecho, é ver pessoas que você ama sendo escoiceadas gratuita e injustamente por
indivíduos que lhes devem ao menos respeito.
Não peço voto. Tenho colegas com
os quais trabalho há 25 anos no jornal O Mossoroense e nunca tive a curiosidade
de lhes perguntar se possuem título de eleitor. Cores jamais figuraram entre os
requisitos para contratação dos membros da equipe a qual tenho o privilégio de
coordenar.
Aprendi desde menino a conviver
com opiniões divergentes, graças à escola de democracia que é a casa de meus
pais, pouco me importando as preferências dos amigos ou se eles próprios são
candidatos contrários aos de minha preferência.
Em troca, só espero consideração,
e me sinto desobrigado com aqueles que ultrapassam os limites da civilidade e passam
a distribuir patadas numa demonstração irracional de ódio gratuito.
É como sempre digo: “Crítica é
arte. Coice, qualquer jumento dá” e não rima com liberdade de expressão nem
combina com cidadania.
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