Hoje não escrevo nem que a vaca dance o maxixe e o cavalo relinche o Hino Nacional. Amanheci barbudo, cheio de olheiras, sem a menor inspiração e com aquela preguiça medonha capaz de aprisionar o juízo do sujeito no travesseiro, mesmo o corpo marcando presença em algum lugar, a exemplo de agora, eu aqui, na redação do O Mossoroense, ouvindo as aventuras de Luciano Maia e de Bruno Barreto.
Herói dos sertões do Piauí, Maia trocou o mormaço de Teresina pelo clima europeu do País de Mossoró, deixando na saudade as moças da Elias Martins. O cabra é bom repórter policial e estuda para ser advogado. Deu-se tão bem no jornal, que parece trabalhar nele há 136 anos, desde a época de Jeremias da Rocha, com quem, segundo dizem, costumava degustar iguarias denominadas quartos secos de bode.
O velho Bruno Barreto chegou menino, logo após ser aprovado no vestibular para o curso de Comunicação Social da Uern. Inscreveu-se entre os melhores editores de política do Estado por esforço próprio, sem favor de ninguém. Na última campanha, sofreu ataques injustos de um grupo que tentou, sem sucesso, abalar sua credibilidade. Aguentou firme a saraivada de mentiras e se saiu fortalecido da história.
Estamos de plantão, os três “musquiteiros”, num sábado patético e sem emoções, a não serem “as perspectivas do domingo”, consagradas nos versos de Vinicius, e as lembranças do último capítulo de “A favorita”, que paralisou a nossa redação ontem à noite, com direito a declarações de amor tanto a Flora quanto a Donatela. Patrícia Pillar – com todo respeito a Ciro – é linda até no papel de rainha das vilãs.
Bruno com saudade da namorada, futura zootecnista, e se queixando do irmão que o acordou de madrugada, pedindo carona para o trabalho. Maia, faminto às 10 horas, só fala em comer tatu na casa de Zé Blebleu, o chefe de segurança da Rede Resistência. E eu, cansado, desejando a rede armada no alpendre da Rua dos Bobos, nº 0, onde, quem sabe, sonharei conferindo o bilhete premiado da Mega Sena.
8 comentários:
Rapaz, seus textos em prosa são bons mesmo.
Acho, porém, que você deve escrever todos os dias.
Francisco Xavier Gondim
Upanema - RN
Bom Dia ! grande mestre para quem não tinha espiração para escrever ja esta de bom tamanho, continue assim sem espiração grande CID.
Obrigado a Francisco e ao leitor anônimo. Pensarei na possibilidade de escrever diariamente.
Abraço,
Cid
Nem sabia que estavas de página nova. Retomarei minhas leituras e "linkarei" (já já será verbo mesmo) nos meus favoritos.
Abraços.
Laris e Sulla, obrigado pelo carinho.
Cid
Nem que a vaca...cuspa, dançe, cuspa! ja pensou se a vaca virar boi?
cid, estou fazendo uso do soneto "um beijo". tem sido um santo remédio em madrugadas de lua.
um abraço. e tb concordo: escreva com mais frequência. janio rego
Anônimo 2, se a vaca virar boi a gente faz um churrasco.
Mestre Jânio, use e abuse do soneto.
Abraços,
Cid
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