sábado, 6 de setembro de 2008

Língua


Minha língua é a foz da velha trama
Da saliva que brota no arrepio,
Quando a boca no peito se derrama
Inaugurando o leito deste rio.

Desce ao sopé florido da montanha,
Sobe noutra, mas antes que se instale,
Seduzida no ardor, já não se acanha,
Desembesta dançando pelo vale.

Vai correndo com lânguida destreza,
Levando em ziguezague a correnteza
De suor, d’água doce e de fissura.

Rodopia sem pressa, segue em frente,
Atravessa a floresta e, de repente,
Penetra o mar que geme de loucura.

6 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Cid vc talves não va lenbra de min mas nunca esqueci vc pois aos 17 anos tive o prazer de ser apesentada ao um de seus trabalhos, Daltonismo o qual até hoje nunca esquecile é rotulado por min de o melhor livro que já lhi em toda a minha vida.
Pois é, Cide depois disso tive o prazer de conhecelo e ganhei de suas mãos o mesmo autografado por você, pois até hoje e a reliquia que tenho na minha vida, parabens a Cide Augusto por toda a sua inspiracao de sua fán em comum Kimberly =)

Anônimo disse...

Oi, Kimberly.

Obrigado pela companhia desde o tempo de Daltonismo, bem como por suas palavras de incentivo.

Tudo de bom para você.

Cid

Anônimo disse...

Cid, meu campeador!

Tanto crônica, quanto o belo soneto são - como diria Itajubá -
"trabaio limpo"!
Abraço,
Laélio

Anônimo disse...

Grande Laélio.

Sua gentileza não tem tamanho.

Cid

Anônimo disse...

Parabéns pelo belo soneto e crônicas, são belas e nos conduz a uma infância já vivida e muito bem vivida pelas peraltices de menino.
Já o soneto mais que erótico serve de guia para quem ainda não sabe fazer uma mulher chorar de prazer.

Anônimo disse...

Oi, não sei quem é você, mas seja bem-vindo ou bem-vinda ao blog.

Cid