sábado, 13 de junho de 2015

Lucas, 12:27


O verso que lambuza o guardanapo
Na distante ilusão de ser poema
Chega a mim e me toma de sopapo
Exigindo uma luz pro seu dilema.

Quer deitar-se com musas sem sentido
Que não fiam e muito menos tecem,
Morrer de amor sem rimas, desmedido,
Por metáforas vis que lhe oferecem.

Não posso. Nada tenho a ver com nada,
Muito menos em plena madrugada
Quando as fadas atiçam os delírios.

Que se conforme e guarde na memória:
Nem Salomão em toda sua glória
Pode vestir palavras como lírios.


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