sábado, 4 de julho de 2009

Medinho da concorrência



Recomecei esta crônica cinco vezes, cada qual abordando assunto diferente. Estou na quinta, esperançoso de que as ideias finalmente se encaixem, mas ideia sem acento é grave, complica a vida do sujeito. Fazer o quê, se tantas coisas passam e não ficam na cachola igual juízo. Certa vez, um professor desejou-me “vergonha e juízo”. Recusei: “Vergonha eu tenho de sobra e juízo é coisa de doido”.

Ixe, Maria! Luciene acabou de aparecer na televisão vestindo um “triquíni”. O close no liame entre o tronco e as pernas, segundo a apresentadora, demonstra “ângulos e proporções definidas por Leonardo da Vinte”, ops, da Vinci. Soube, por Rogério Dias, que o mestre renascentista criou máquinas de guerra. Nunca pensei fossem desses. Quero ser atacado e destruído. Porra, chegou Letícia... Amanda!

Bom, eu falava sobre? Sim, a cadelinha atendida num hospital público de Santa Catarina por médico e dez enfermeiras. Pobrezinha, morreu de insuficiência respiratória após dez minutos numa máscara de oxigênio. Sacanagem, bicho tratado como gente. Os envolvidos devem ser processados por maus tratos aos animais. E condenados ao inferno da pedra, sem direito a recurso ou progressão de pena.

O assunto, de vera, é Gimenez. Digo, Palacios. Não, Noronha. Droga, eu ia dizer Poeta. Ou seria... deixe-me pegar a velha lira e cantar, pervertendo Florbela Espanca, para declarar que a crônica é esta e aquela, a outra de toda gente. Pessoa qualquer diria não ter “outra razão para amar senão amar”. E indagaria, louco: “Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”.

Gostaria, contudo, de comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o finado diploma de jornalista. Que confusão! Que babaquice! Os doutos ministros, com exceção de Mun-Rá, o ser Marco Aurélio Eterno, juram de pés juntos, mãos postas e olhos rútilos que formação superior não vale um cibasol vencido, embora o exijam nos concursos da Suprema Corte. Coerência a toda prova.

Michael Jakson morreu, porque não Elvis. Dizem maldosamente na redação do velho O Mossoroense, a culpa é do script que a Pachorra da Resistência ditou para pânico da nação smurf. O rei do pop, na versão caseira, enfartou ao saber dos empresários que, além dos 50 shows ingleses, deveria interpretar o cangaceiro Jararaca no Chuva de Babaquices no País de Mossoró. Medinho da concorrência.

4 comentários:

Sulla Mino disse...

"Hilaridade"...(Pausa)...Adoro fazer uma breve andança por aqui, gosto quando brinca com as palavras...O que eu ia escrever para você mesmo? He he he. É um pesar sobre Michael Jackson. Cid você é show!!! Bjks,

Anônimo disse...

Show é você por aqui, Sulla. Leitores especiais enobrecem este Canto de Página.

Cid

Lúcia Rocha disse...

Cid, você comentando Michael Jackson??? Hum rum hehehehe!! Sei não, viu!!! Aprendi nesse meu retorno esse 'sei não, viu?'. Sobre o diploma. Sei... Ah! Talento e ética não se adquire em universidade nenhuma. Um grande abraço.

Canto de Página disse...

É isso aí, Lúcia.

Cid