sábado, 3 de janeiro de 2009

À de azul


Não mais do que olhar esses teus peitos,
O desejo permite por agora.
Depois, voltar a vê-los - são perfeitos!
Quero tê-los nos lábios sem demora.

 
A boca, a nuca, os lábios: meus eleitos.
Mentira! Quero os teus seios de fora.
Se der, as tuas coxas: muitos leitos...
E essa flor que de longe me devora.

Teu azul, em decote de arremedos,
Não te guarda do avanço dos meus dedos,
Tampouco há de guardar-me os segredos.

E assim, pra que eu não chegue e te revele,
Que a tua língua à minha se anele,
Olhe em meus olhos, sinta a minha pele.

(Antoniel Campos e Cid Augusto - Parnamirim - 18.5.2005)

5 comentários:

  1. Há muito não lia um soneto tão bonito.
    Os autores estão de parabéns, já que os versos são dignos dos mais renomados poetas da nossa literatura.
    Serginaldo Marques
    Natal/RN
    serginaldomarques@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  2. Grato, Serginaldo, e tudo de bom para você.

    Cid

    ResponderExcluir
  3. PUTA QUE PARIU!!!!
    PORQUE EU NÃO ESCREVI ISTO???
    DE VOLTA À SACANAGEM HEIN, VELHO CID???
    RSRSRSRSRS

    ResponderExcluir
  4. Meu poeta, eu tento sair da sacanagem, mas ela se recusa a sair de mim. Hahaahha.

    Cid

    ResponderExcluir
  5. Cid Augusto:
    Muito bonito o seu poema. Direto, cru, sensual, inteligente. Continue a fazer coisas que digam algo ao coração e à mente.
    Parabéns.
    Lauro Duarte
    Coral Harmus - Natal.

    ResponderExcluir